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Com tensão na Ucrânia, dólar tem menor cotação desde 1º julho de 2021

O dólar fechou em queda de 1,09%, cotado a R$ 5,0511, nesta terça-feira (23), menor cotação desde 1º de julho de 2021 (R$ 5,0448). Esse foi o terceiro pregão seguido de baixa da divisa.

Nesta sessão, as atenções internacionais foram voltadas para os temores de um conflito na Europa e para perspectivas de duras sanções internacionais contra a Rússia, após o presidente Vladimir Putin reconhecer duas regiões separatistas da Ucrânia como independentes e enviar tropas de apoio.

O pano de fundo doméstico também colaborou. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira que o Congresso vai tentar manter um ritmo de votações este ano, apesar das eleições, mas não fará nenhum movimento que possa trazer instabilidade econômica, mexer com teto de gastos ou afetar a taxa de câmbio ou o crescimento do país.

Ele afirmou ainda que as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que mexem com a tributação dos combustíveis estão descartadas no momento e o Congresso irá se concentrar na aprovação do PLP 110, que está no Senado.

Na mínima do dia, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,0441.  Com o resultado, passou a acumular queda de 4,79% no mês e de 9,39% no ano.

Na véspera, o Banco Central anunciou que daria início, a partir desta terça-feira, à rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (que funcionam como uma venda futura de dólares) com vencimento em 2 de maio, no montante de US$ 13,6 bilhões.

 

Cenário

Os Estados Unidos e seus aliados europeus sinalizaram estar prontos para anunciar novas sanções contra a Rússia nesta terça-feira, depois que o presidente Vladimir Putin reconheceu duas regiões independentes no leste da Ucrânia e ordenou a ida de tropas para essa área, ampliando os temores do Ocidente sobre uma nova guerra na Europa.

A perspectiva de sanções duras aumentou os temores de um impacto no fornecimento de bens como petróleo, trigo e níquel.

O preço do petróleo, que subiu mais de 20% este ano devido à demanda crescente, era cotado em alta de mais de 3% nesta terça, com o barril do tipo Brent se aproximando da marca de US$ 100 pela primeira vez desde 2014.

Os investidores buscavam refúgio na segurança de ativos como ouro e dos títulos do governo. O ouro ultrapassou US$ 1.900 e se aproximou de seu nível mais alto no último ano.

Participantes do mercado atribuíram a performance do real nas últimas semanas à percepção de que o Brasil está atrativo para novos fluxos de dinheiro estrangeiro, em razão da trajetória de alta da Selic e com o diferencial de juros em relação a outras economias aumentando a rentabilidade do mercado brasileiro.

O mercado financeiro elevou pela sexta semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,50% para 5,56%, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda.

Para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida a expectativa de 12,25% ao ano para o fim de 2022. O mercado financeiro manteve também a previsão de crescimento do PIB deste ano em 0,30%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 recuou de R$ 5,58 para R$ 5,50. Para o fim de 2023, caiu de R$ 5,45 para R$ 5,36 por dólar.

 

Informação: G1.com

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