Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Cinco dias após a suspensão de 25 lotes da vacina CoronaVac contra Covid-19 no Brasil, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse ontem (9) que espera ter a documentação complementar da China traduzida e entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos próximos dias. Assim, segundo ele, a liberação das doses ocorreria até a próxima segunda-feira (13).
O órgão federal declarou que os documentos enviados pelo Instituto Butantan foram insatisfatórios para que os lotes interditados possam voltar a fazer parte das grades de vacinação nos estados.
Doria afirmou que aguarda a chegada da análise da vigilância sanitária chinesa sobre o local do envase das doses nesta sexta-feira (10) para entregar à Anvisa. Trata-se de um documento final no processo de liberação, uma inspeção sanitária.
“Tão logo essa informação chegue, ela tem que ser traduzida do chinês para o português, será encaminhada à Anvisa e a expectativa é de que até o final desta semana, ou mais tardar na segunda-feira, no limite, nós possamos ter a visão final da Anvisa”, disse o governador.
Doria também disse que está otimista em relação à liberação dos lotes e explicou que a fábrica responsável pelo envase dessas vacinas fica em outra área, com outras máquinas, mas ainda dentro da farmacêutica Sinovac, em Pequim. A constatação de que se tratava de uma unidade diferente fabricando as doses foi do próprio Butantan, que comunicou a Anvisa.
“Elas [documentações enviadas pela farmacêutica Sinovac] foram satisfatórias sim, no plano daquilo que elas indicavam. Mas ainda há a necessidade de um documento final da ‘Anvisa chinesa’, e é isso que está faltando. Já foi solicitado. A ‘Anvisa chinesa’ dispõe desta confirmação, ou seja, ela fiscalizou essa nova unidade fabril que fica dentro da Sinovac”, ressaltou.
Parte das doses foi aplicada
A Anvisa não havia feito a inspeção nessa planta e 12,1 milhões de doses da CoronaVac foram interditadas de maneira provisória. Milhares delas, no entanto, já tinham sido distribuídas e foram aplicadas em cidades pelo Brasil.
Na segunda-feira (6), o Ministério da Saúde anunciou que fez o bloqueio dos 25 lotes no sistema para que as doses não aplicadas não fossem movimentadas até que a Anvisa tenha um parecer. Mas Secretarias de Saúde de pelo menos 13 estados e do Distrito Federal confirmaram que receberam as vacinas das remessas em questão.
Em Campinas, por exemplo, a prefeitura declarou nesta quarta (8) que aplicou 2.180 doses em seus moradores. Afirmou que “não é esperado que ocorra qualquer reação adversa”, mas orientou que aqueles que perceberem desconforto procurem uma unidade médica e relatem o lote.
Informação: G1.com