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Fachin e Moraes se reúnem com Bolsonaro e entregam convite para posse no TSE

Os dois ministros serão respectivamente presidente e vice do tribunal. Em seus atritos com o Judiciário, Moraes é o ministro com quem Bolsonaro mais rivaliza.

 

Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entregaram ao presidente Jair Bolsonaro, em reunião no Palácio do Planalto, convite para ele assistir à cerimônia de posse dos dois no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fachin vai presidir o tribunal até agosto, quando se encerra seu período de dois anos na corte eleitoral. Depois, Moraes, o vice, vai assumir. O TSE conta, em sua composição, com ministros do STF.

O encontro dos ministros com Bolsonaro durou nove minutos.

A relação de Bolsonaro com o Judiciário nos últimos anos tem sido marcada por ataques do presidente.

Bolsonaro criticou decisões de ministros, participou de atos antidemocráticos que pediam, de forma ilegal, o fechamento do STF e questionou, assumidamente sem provas, a segurança das urnas eletrônicas.

Moraes é o ministro com quem Bolsonaro mais tem desgaste. Ele comanda algumas investigações no Supremo que têm o presidente como alvo. Uma delas é a investigação sobre divulgação de notícias falsas a respeito de vacinas e outra apura disseminação de suspeitas infundadas contra as urnas.

Há duas semanas, o ministro determinou que Bolsonaro comparecesse pessoalmente à Polícia Federal para prestar depoimento em outro caso: o que investiga se o presidente revelou, em uma live, dados sigilosos sobre uma investigação de ataque virtual contra o TSE. Bolsonaro não foi ao depoimento, o que aumentou a tensão com Moraes.

O ministro também é relator do inquérito das fake news, que investiga empresários e políticos bolsonaristas pela formação de uma rede que dissemina informações falsas com o objetivo de enfraquecer a democracia e as instituições.

Fachin e Moraes vão comandar o TSE durante este ano de eleições.

Congresso

À tarde, Fachin e Moraes foram às residências oficiais de Câmara e Senado a fim de entregar o convite para a posse aos presidentes das duas Casas, deputado Arthur Lira (PP-AL) e senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A duração dos encontros com os dois parlamentares foi um sintoma do estremecimento da relação entre STF e Bolsonaro, com quem Fachin e Moraes permaneceram por nove minutos.

Na residência da presidência da Câmara, os dois ministros chegaram pontualmente às 15h, e a conversa com Lira durou cerca de 50 minutos.

Com Rodrigo Pacheco, que mora na residência vizinha à de Lira, Fachin e Moraes deixaram o local após uma hora. Eles não conversaram com a imprensa na saída.

 

Informações: G1.com

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