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Jogadores se manifestam contra Copa América, mas dizem que nunca falarão “não à seleção”

Após uma semana com bastidores tensos, a seleção brasileira venceu o Paraguai por 2 a 0, na noite de ontem (8), no estádio Defensores Del Chaco. Logo após a sexta vitória em seis jogos do time de Tite, os jogadores publicaram um manifesto em suas redes sociais, liderados pelo capitão Casemiro.

Na nota, se mostram contrários à realização da Copa América no Brasil e criticaram a Conmebol, mas dizem que não querem tornar a discussão “política”. Confira:

 

“Quando nasce um brasileiro nasce um torcedor. E para os mais de 200 milhões de torcedores escrevemos essa carta para expor nossa opinião quanto a realização da Copa América.

 

Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas. Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chila ou mesmo no Brasil.

 

Todos os fatos recentes nos levam a acreditar em um processo inadequado em sua realização.

 

É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia e estamos presentes nas redes sociais. Nos manifestamos, também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros.

 

Por fim, lembramos que somos trabalhadores, profissionais do futebol. Temos uma missão a cumprir com a histórica camisa verde amarela pentacampeã do mundo. Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira”

 

O objetivo dos jogadores foi deixar claro a insatisfação com os problemas da entidade na organização da Copa América. Os atletas ficaram descontentes com a forma com que o então presidente da CBF, Rogério Caboclo, conduziu o tema, sem conversar internamente sobre a transferência da Copa América para o Brasil.

Também causou mal-estar o fato de nenhum dirigente ter se pronunciado publicamente sobre a transferência. Na entrevista pós-partida, Marquinhos, capitão da equipe, se esquivou ao falar sobre o assunto:

– Sabemos todos sobre o contexto da Copa América. Foi muito discutido internamente e externamente. Em momento algum os jogadores se negaram a vestir essa camisa. É o nosso sonho de criança. É o maior orgulho para a gente estar vestindo essa camisa. A partir de agora vamos ver o que será decidido. Sabemos que existe uma hierarquia e estamos cientes do nosso papel. Não negamos em vestir essa camisa – afirmou o zagueiro.

Em coletiva, Tite se esquivou de polêmicas, mas diz não ser “hipócrita ou alienado”.

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