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Presidente do Haiti é assassinado em ataque, anuncia primeiro-ministro

O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado na madrugada desta quarta-feira (7), anunciou o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph. Um grupo de homens armados teria invadido a residência oficial no bairro de Pelerin, em Porto Príncipe, atirando no presidente e na primeira-dama, Martine, que foi internada.

“Um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República (…) ferindo mortalmente o chefe de Estado”, diz a nota. “Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”.

Joseph disse que está no comando do país e pediu calma à população após o ato “desumano e bárbaro”, afirmando que a polícia e o Exército já têm o controle da situação — segundo a Reuters, no entanto, era possível ouvir tiros por toda a capital após o ataque. Também há relatos de que drones teriam sido usados e ao menos uma granada teria sido disparada.

No início da semana, o presidente havia nomeado um sucessor para o cargo de Joseph, o médico Ariel Henry, que seria o sétimo primeiro-ministro em quatro anos.

Os assassinos, segundo o jornal Miami Herald, que teve acesso a vídeos filmados na vizinhança da residência oficial, se passaram por agentes da agência antidrogas dos Estados Unidos, a DEA. Na gravação, é possível ouvir um homem com sotaque americano dizendo: “operação da DEA. Todos se afastem”. Fontes no governo haitiano disseram ao veículo que tratavam de mercenários sem vínculos com o órgão americano.

O assassinato vem após meses de instabilidade política no país mais pobre das Américas. A oposição vinha exigindo desde o fim do ano passado a renúncia de Moïse, com o argumento de que seu mandato deveria ter terminado em 7 de fevereiro, exatos cinco anos após seu antecessor, Michel Martelly, deixar o poder.

As eleições de 2015 deram a vitória ao empresário Moïse no primeiro turno, mas o voto foi anulado por denúncias de fraude. Após vencer um segundo pleito organizado no ano seguinte, quando obteve 600 mil votos em um país de 11 milhões de habitantes, Moïse tomou finalmente posse em 7 de fevereiro de 2017 — a seu ver, portanto, seu mandato só terminaria em fevereiro de 2022. Ele se recusou a deixar o poder, convocando novas eleições para 26 de setembro deste ano.

 

Informações: O Globo

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