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Redes sociais endurecem regras de combate a páginas e perfis falsos

Quando uma marca dá certo nas redes sociais, ela passa a ter destaque e relevância. Com isso, acaba atraindo pessoas mal intencionadas que querem um pouco desse sucesso. É assim que muitos perfis clonados surgem. Com isso, além de prejudicar a empresa original, o perfil falso também confunde o cliente podendo, inclusive, espalhar informações falsas e aplicar golpes.

Com base nisso, ano após ano, as empresas responsáveis pelas redes sociais trabalham para endurecer essa prática. De acordo com o Facebook, que também administra o Instagram e o WhatsApp, 1,3 bilhões de contas falsas foram banidas das redes sociais só em 2021. Durante a pandemia, as regras se tornaram ainda mais rígidas, envolvendo cerca de 35 mil funcionários. Esse trabalho faz parte da política da empresa para combater, entre outras práticas, a violação de propriedade dentro da rede. A mesma pesquisa ressalta que hoje, cerca de 5% dos perfis e páginas são falsos.

Em Sorocaba, a empresária Patrícia Cota sabe bem o quanto isso é prejudicial. O perfil de sua marca foi clonado mais de uma vez. Na primeira vez, a notícia chegou através de clientes. “Uma cliente chegou na loja dizendo que me seguia nas redes sociais, mas na verdade ela seguia um perfil fake da minha empresa A princípio, não dei importância, mas depois com mais calma descobri o quando isso impactaria nos meus negócios”, conta.

Na época, Patrícia, que é proprietária da Joy Brechó, fez stories e postagens para alertar os clientes, por perceber que vários deles estavam realmente seguindo o perfil falso. Patrícia administra páginas no Instagram e Facebook para divulgar as peças de roupas, mas confessa ser muito difícil lidar com todas as coisas que o mundo empreender exige, inclusive proteger a sua marca. “Agora penso em registrar a marca para ter mais segurança, pois quero crescer e tenho planos para a empresa no futuro”, ressalta. No Instagram, ela possui mais de 5 mil seguidores.

O caso da proprietária da Joy Brechó infelizmente não é o único, afinal, empresas que atuam na indústria da moda, que engloba a confecção de vestuários, acessórios e cosméticos, a distribuição ou a exposição de produtos em eventos e o varejo em meio físico ou digital (e-commerce), crescem muito. De acordo com o Sebrae, em 2020, 16 mil novas empresas desse ramo surgiram no Brasil e a projeção no aumento das vendas de vestuário este ano já superou o que era previsto no primeiro semestre. Ou seja, se crescem em mercado, ocupam mais espaço nas redes sociais também.

 

Como proteger a marca

Segundo uma publicação do Sebrae, o número de pedidos de marcas por pequenos negócios cresceu quase 20% durante a pandemia. O advogado Eduardo Helaehil, especialista em propriedade intelectual, explica que, no Brasil, não existe a cultura preventiva e de proteção à marca. “Muitas empresas acabam focando exclusivamente em vendas, mas se esquecem que o fortalecimento da marca é essencial para o crescimento da empresa, ainda mais na Economia Digital. Uma marca apenas se torna sólida se for exclusiva no seu segmento de mercado, ou seja, se nenhum concorrente a estiver usando de modo indevido ou não autorizado”, ressalta.

O crescimento do mercado digital motiva os empreendedores a apostarem nesse filão. Com tecnologias acessíveis, dispositivos eletrônicos mais baratos e conexões sempre disponíveis, o celular se transformou em um companheiro constante, o que resulta em, pelo menos, 2h22 minutos de uso, em média, por dia, nos aplicativos das redes sociais. E mais, comprando! 54% é o percentual de pessoas que afirmam procurar produtos para comprar nas redes sociais.

“Caso um concorrente esteja usando uma marca já registrada, cabem medidas para que ele cesse o uso de modo imediato, de acordo com a Lei de Propriedade Industrial”, ressalta Eduardo. No mesmo sentido, se qualquer pessoa comprar um domínio com o nome de uma marca para evitar que o verdadeiro titular o use ou para revender posteriormente por valores absurdos, existem medidas em câmaras especializadas que permitem a retomada do domínio. Medidas especializadas costumam ser muito mais céleres e baratas que ações no Judiciário, porque focam exclusivamente no problema do titular da marca.

 

Muito mais que um logo

Para os empreendedores que entendem a importância de cuidar bem da sua marca, o advogado Eduardo Helaehil dá cinco dicas:

 

1- Registre a marca no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) nos segmentos de mercado em que atua.

2- Faça uma busca para verificar se os concorrentes estão usando a sua marca registrada nas redes sociais ou no Google, em ads.

3- Insira Políticas e Termos em seu site ou e-commerce. A Lei Geral de Proteção de Dados já está em vigor e o não cumprimento pode resultar em prejuízos reputacionais à marca, com reclamações no Procon ou no ReclameAqui, além de multas administrativas.

4- Formalize contratos de patrocínio e publicidade com modelos e influenciadores. O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) já criou regras para publicidade nas redes sociais, que, se não forem observadas, podem prejudicar a reputação da marca.

5- Estruture um SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) adequado. O SAC ajudará a resolver rapidamente problemas como atraso em entregas, produtos com defeito, falta de informações claras, entre outros pontos que podem impactar o branding ao longo do tempo.

 

O advogado conclui dizendo ainda que o risco em não proteger o negócio não vale a pena. “Imagine perder o username da rede social, o site, os uniformes, parcerias estratégicas, a placa do estabelecimento, franquias ou os principais clientes que já confiam na marca? A falta de proteção adequada pode ser fatal”, finaliza.

 

Informações: Maktub Comunicação

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